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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

As "forças ocultas" e o golpe militar de 64

Por: Paulo Alexandre Filho
Texto originalmente publicado no site Duplipensar em 2004 por ocasião do 40º aniversário do Golpe Militar
AGITAÇÃO POLÍTICA E ILUSÃO PROGRESSISTA

O presidente João Goulart e Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul
O presidente João Goulart e Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul

Forças ocultas sussurraram nos ouvidos presidenciais do imprevisível Jânio Quadros que a sua renúncia, uma apelação golpista, acabaria fortalecendo suas posições no poder. Nem o povo nem o Congresso se iludiram quanto as suas intenções misteriosas e Jânio acabou entrando para a História como o pivô de uma das mais graves crises políticas que o Brasil já viveu. Da renúncia, em 25 de agosto de 1961, ao Golpe de 1º de abril de 1964, se instalou um clima politicamente convulso no país com a colisão entre os posicionamentos progressistas e a as forças conservadoras de sempre, sendo a “revolução” verde-oliva o resultado imediato mais grotesco e anti-democrático destes conflitos.
O então Vice-Presidente João Goulart deveria legalmente assumir as chefias de Governo e Estado como legítimo Presidente da República, mas seu governo já teve um início incomum, pois, na tentativa de limitar as prerrogativas